DIA DE CAMPO NO BRASIL: AS ESTAÇÕES DA VERGONHA

E a história se repete. A sociedade brasileira experimenta contradições de uma democracia relativa, sob o reflexo da prevalência do interesse particular sobre o geral, alimentado por mecanismos facilitadores da corrupção. Neste país, os mecanismos de poder estão instalados nos pilares do Federalismo, empoleirado nos atos administrativos do Executivo, Legislativo e Judiciário.  Os titulares desses poderes em sua conduta administrativa não o fazem em favor do povo brasileiro, mas sim em prol das conveniências do poder. 

A CRISE É SISTÊMICA E DE ORDEM ÉTICA, MORAL E DE PRECARIEDADE DEMOCRÁTICA. 

Quem duvidar, basta ver nos noticiários as desigualdades, manipulações, exclusões, corrupções, dentre outras inserções de atividades lesivas aos interesses sociais e econômicos do país. Apresento algumas estações com conotação de dia de campo, numa visão crítica e pouco aprofundada do perfil midiático daqueles que são responsáveis pelas leis, aplicação de dinheiro público, de praticar a jurisdição do direito e da justiça. 

PRIMEIRA ESTAÇÃO: TÉCNICAS DE PROCESSO LEGISLATIVO COM FOCO EM INTERESSES PESSOAIS E A FAVOR DA PERPETUAÇÃO DA CORRUPÇÃO

A prática do processo legislativo exercido no país traz exemplos péssimos de exercício democrático, recheado de mazelas da corrupção e mediocridade. O resultado das votações denotam o interesse particular e protetor de seus componentes. 

Nesta estação, o mecanismo opressor da classe política impera, prevalecendo a proteção de políticos que se escondem no mandato eletivo para fugir da aplicação da lei penal e civil. E o sistema bicameral faz com que as trocas de benesses alcancem cifras pecuniárias suficientes para erradicar a fome no país. Os parlamentares, denunciados ou não, manipulam e utilizam de artifícios para promoção de interesses políticos.  

O interesse maior verificado não é o público, pois a proteção maquiavélica dada aos políticos profissionais e de carreira, onde cargos, posições, corrupção, mensalão, troca de favores, proteção do mandato, caixa 2, corporativismo e acordão, são matérias-primas para o poder. 

 É um abuso à democracia e um desrespeito a cada um dos brasileiros.

 É bom ficarmos atentos para comprovação deste jogo de cartas marcadas e deste processo legislativo tendencioso, viciado e nefasto aos interesses da não. É notável os reflexos de desagregação das instituições e início de um processo de crise social.

SEGUNDA ESTAÇÃO: A PRÁTICA DA JUSTIÇA SOB O PÁLIO SUPREMO DE UMA CORTE INSENSÍVEL E COM LIBERDADE PARA APLICABILIDADE DA LEI

Nesta estação iremos presenciar algumas das autoridades jurídicas mais importantes do país promoverem seus julgados a favor de seus padrinhos e seus protegidos, sob o enfoque pessoal de suas convicções e distantes dos interesses nacionais. Não incomum o resultado produzido provocam discussões jurídicas suficientes para proteger os mecanismos da corrupção e institutos de opressão e alienação. 

O direito e a lei permitem fundamentações a favor e contra para qualquer tipo de situação apresentada. O notório saber permite aos magistrados investidos legalmente no poder, manifestações acerca daquilo que melhor aprouver. Sempre foi assim e assim será....

TERCEIRA ESTAÇÃO: TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO DE GESTÃO DE PESSOAS E PROCESSOS

Nesta estação iremos praticar o Estado Democrático de Direito infiltrado pelo poder executivo dos governantes do país em suas esferas federal, estadual e municipal. Pela prática de ideologias de esquerda, de direita e centro, o povo brasileiro experimenta um processo político traiçoeiro, manipulador e tendencioso. Um verdadeiro esquema de alienação e briga pelo poder, utilizando o povo menos esclarecido com massa de manobra e eventos sociais, numa demonstração perfeita de currais eleitorais.

 O crescimento agigantado das redes sociais como entrave proporciona a inserção de novas técnicas dos manipuladores que fogem aos princípios éticos, morais e de valores familiares. 

A necessidade de manipulação se deve a troca de comando nas eleições periódicas, estas alimentadas com fartura de dinheiro público, utilizado para comprar suas convicções e seu direito de escolher, em detrimento de escassez de recursos na educação, saúde, segurança e outros mecanismos de conduta social. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse dia de campo não terá fim, ele perdurará através dos tempos e suas estações continuarão alimentando artigos e páginas nos noticiários. 

Sua participação não é voluntária, pois todos estão inseridos neste contexto, seja de qual crença for, atingindo todas as classes sociais e todos os gêneros. As escassas oportunidades de reação poderão exigir muito mais do que simples participação no sufrágio eleitoral.

Que este dia de campo permanente, sirva de passaporte de uma transição democrática aparente e relativa para uma transição de democracia absoluta e verdadeira. 

Quem viver, sentirá os efeitos...